A história se baseia em uma carta deixada para Georg Røed
com apenas 15 anos, de seu pai, morto há 11 anos, Jan Olav. Georg, quando chega
em casa, depois de sua aula, se depara com a família reunida, mostrando a carta
achada por sua avó. O choque, tanto dele como do restante dos membros é
gigantesco e, assim, inicia-se uma história que aconteceu há muitos anos,
quando seu pai ainda cursava medicina.
Em um dia qualquer de sua rotina, Jan Olav entrou em um
bonde. E lá estava ela. Uma figura um tanto quanto diferente, com sua cara de
esquilo, vestindo um anoraque laranja e carregando um saco pesado de laranjas
suculentas junto ao peito, como se fosse um tesouro. Essa foi a Garota à
primeira vista, o bastante para atormentar Olav por semanas.
A história, a principio, parece girar apenas no
objetivo de Olav em achar a Garota das Laranjas, porém, os ensinamentos que são
transmitidos mostram valores importantes, tanto para seu filho, que passa pela
adolescência, como para os leitores, valores como a determinação para alcançar
sonhos e encarar desafios. Tudo isso com amor, o amor que pode salvar-nos de
uma vida banal e sem sentido.
No decorrer da carta, George e Olav formam um vinculo, mesmo
estando em tempos e espaços diferentes. Lembranças de pai e filho surgem, além
da descoberta de gostos em comum, fazendo George compreender os últimos
sentimentos de seu pai.
Além da parte romantizada do livro, temos a parte filosófica
e de questionamento (porque, por favor, estamos falando de Jostein Gaarder).
Mesmo tendo lido o livro há algum tempo, a parte em que Jan Olav se pergunta se
nossa existência vale a pena, nunca saiu da minha cabeça.
O livro realmente me fez encarar a morte de uma maneira
diferente.
Outro ponto que achei interessante é o fato de sempre
utilizarem crianças para descrever o amor e, George, que estava saindo de sua
infância para uma vida adulta, tinha necessidade de ouvir algo que lhe desse fé
novamente. Aparentemente, quanto mais envelhecemos, mais esquecemos do porque
vale a pena viver.
Espero que gostem!
Boa leitura e até a próxima!
Tissa.
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